domingo, 14 de junho de 2015

O QUE É UM HERBÁRIO?

 Olá!

Você sabe o que é um herbário? Já viu um? Bom, herbário é uma coleção de plantas e fungos, ou de parte deles, que são secos e prensados através de algumas técnicas.
Mas, como assim? Para que isso serve? Na verdade, uma das principais razões para se fazer um herbário é para o estudo da flora ou micota de determinadas regiões, países ou continentes. Com ele, é possível estudar a morfologia, taxonomia, biogeografia, diversidade vegetal, etc.
A maior importância de um herbário é de documentação para pesquisas botânicas, especialmente taxonômicas e florísticas. Através dele, você pode obter informações sobre a identificação, nomenclatura, classificação, distribuição e ecologia de qualquer planta.
Recentemente, além da importância para a classificação taxonômica, os herbários passaram a ser reconhecidos como instrumentos úteis para pesquisas genéticas e agronômicas.
Os herbários também podem servir de base para estudos da biodiversidade, fornecendo dados para indicação de áreas a serem preservadas e informações para recuperação de áreas degradadas.

Mas, como surgiu o primeiro herbário? A prática de herborização começou por volta do século XVI, na Itália. Porém, era considerada apenas uma coleção de plantas secas costuradas em papel, sem fins científicos. Acredita-se que o criador tenha sido Luca Ghini, que era um botânico italiano e o seu herbário foi criado por volta de 1520 ou 1530. Nele, continham aproximadamente 300 plantas diferentes, mas não foi conservado até os dias atuais. O motivo para Ghini criar um herbário, foi sua preocupação com as bases teóricas da botânica. Ele também foi o criador do Jardim Botânico de Pisa e professor de botânica da segunda universidade a ser criada na Itália, a de Bolonha.

Carolus Linnaeus ou Carlos Lineu, considerado o “pai da classificação taxonômica moderna”, foi quem popularizou esta prática de montar os exemplares em simples folhas de papel e guardá-las horizontalmente. Lineu fez uma das principais obras de referência (Species plantarum, 1753), a partir da qual se passaram a designar as plantas pelo binome latino.
Já imaginou como seria criar o seu próprio herbário? Pode parecer difícil, mas não é! A seguir, ensinaremos todos os passos para a construção de seu herbário. 

Como construir um herbário?

sábado, 13 de junho de 2015

COMO CONSTRUIR UM HERBÁRIO?



Essa é uma proposta de atividade em grupo para estudantes do ensino médio
Cada integrante do grupo deverá contribuir com no mínimo 3 espécies de plantas. E o grupo deve reunir no mínimo 2 plantas de cada um dos principais grupos vegetais (Briófitas, Pteridófitas, Gimnospermas e Angiospermas)

MATERIAIS PARA A COLETA
-Tesoura (de poda preferencialmente)
-Jornal
-Papel toalha
-Máquina fotográfica
-Caderno de anotações
-Lápis
-Etiquetas

PROCEDIMENTOS PARA A COLETA
1. Escolher preferencialmente plantas que você conheça pelo nome popular.
2. Fotografar a planta antes da coleta e anotar no caderno local da coleta, data e outras informações que achar pertinente.
3. Coletar uma porção dessa planta, incluindo galho, folhas, flores e frutos. Quando possível, coletar a planta inteira, incluindo as raízes.
4. Etiquetar as plantas e anotar um número de identificação na etiqueta e no caderno.

SECAGEM
Prensa de secagem
Para realizar a secagem sem a necessidade de uma prensa você colocará os exemplares entre folhas de jornal e papel toalha. O papel toalha deverá ficar entre o jornal e o exemplar. Você poderá montar uma pilha contendo vários exemplares, desde que esta não fique muito alta.
Coloque a pilha em uma superfície plana e sobre ela uma pilha de livros em toda sua superfície, distribuindo o peso de forma igual. Sobre os livros outros objetos podem ser utilizados para fazer peso, mas não exagere para não danificar as plantas.
Ilustração da secagem
Troque a cada dois ou três dias o papel toalha e uma vez a cada duas semanas o jornal até que o material esteja completamente seco. O processo completo pode levar mais de um mês.
É importante ter cuidado durante todo esse processo para não danificar o material ou permitir que ocorra o surgimento de fungos. Isso estragará o seu material e o tempo investido será perdido. 
Faça um registro do que você espera que aconteça durante esse processo. Ao longo desse tempo faça outros registros escritos e/ou fotográficos para confirmar suas expectativas.

O que é um herbário?

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Briófitas


Briófitas são plantas de pequeno porte, geralmente com alguns poucos centímetros de altura, que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados. São plantas eucariontes, fotossintetizantes e multicelulares. Por não possuírem vasos condutores de seiva, o transporte de substâncias se dá por difusão, ou seja, a água absorvida do ambiente e é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo do vegetal. Assim, as briófitas são sempre pequenas, baixas.




Essas plantas não possuem estruturas verdadeiras como raízes, caules e folhas. São formadas por:
  • rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponíveis nesse ambiente;
  • cauloide - pequena haste de onde partem os filoides;
  • filoides -estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.
Estrutura de uma Briófita
Estão divididas em três filos: Bryophyta, Hepatophyta e Anthocerophyta. Sendo musgos e hepáticas os mais conhecidos. Os musgos são plantas eretas; as hepáticas crescem horizontalmente no solo.
 Algumas briófitas vivem em água doce, mas não se conhece nenhuma espécie marinha.

Musgo visto ao microscópio


Hepática vista ao microscópio
Reprodução das briófitas

As briófitas dependem da água para a reprodução sexuada. Porque os gametas masculinos (anterozoides) se deslocam, nadando com auxílio de seus flagelos, até os gametas femininos da planta (oosfera). Ao fecundar, o zigoto sofre mitoses e forma um embrião. O embrião se desenvolve por meio de novas mitoses e dá origem ao esporófito. Em sua cápsula, desenvolvem-se esporos, a partir de meioses sofridas pelas células-mães. Estes são liberados após certo período, e o esporófito morre.

Briófitas e seu papel no ecossistema

Regulam a umidade, absorvendo o excesso de água durante a chuva e liberando a água lentamente quando o ar está mais seco.
Musgos fornecem casa e proteção para inúmeros pequenos animais, especialmente invertebrados, como insetos, aracnídeos, rotíferos, nematoides, moluscos e anelídeos.
Servem como material de construção do ninho para vários pássaros e pequenos mamíferos, como o beija-flor (Sephanoides galeritus).
Musgos e hepáticas são uma parte importante da biomassa fotossintética ativa, através da fixação de carbono atmosférico e liberando oxigênio.
O material vegetal criada pelo crescimento contínuo destas camadas de musgos e hepáticas em rochas e casca de árvore, são um passo na sequência que vai permitir que as plantas vasculares se estabelecer nesses lugares e crescer.
Musgos e sua importância econômica para os seres humanos
Podendo ser exportados para países desenvolvidos, onde são processados em fraldas, toalhas higiênicas, embalagens, etc. Misturado com barro e terra básica obteve um excelente substrato para jardinagem
As briófitas têm várias utilidades em horticultura, melhoria do solo e cultivo de cogumelos, orquídeas, bonsais e outras plantas ornamentais. Misturado com barro e terra básica obteve um excelente substrato para jardinagem.Eles são cada vez mais utilizados para a criação de "paredes vivas".
Musgos têm várias aplicações na medicina, principalmente como antibióticos e como substâncias anti-tumorais.
As briófitas têm múltiplas aplicações em engenharia genética, também são usados como pesticidas e na detecção de metais pesados.



Fontes:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/briofitas.php
http://www.brasilescola.com/biologia/briofitas.htm
http://www.musgosdechile.cl/utilidad.html


Pteridófitas

As Pteridófitas são um grupo de vegetais vasculares (ou seja, possuem vasos condutores de seiva e são classificados como traqueófitos) e são desprovidas de flor, frutos e sementes. 
O aparecimento dos vasos condutores possibilitou uma maior diversidade de formas, desde plantas herbáceas até arborescentes de grande porte. São os primeiros vegetais a conquistarem o ambiente terrestre, pelo fato de terem um mecanismo mais eficiente de condução de seiva bruta e elaborada.  



Dentro da divisão das pteridófitas, temos a classe das licoponídeas, equisetíneas e as filicíneas. Para melhor situarmos o grupo, podemos nos referir as samambaias como seus representantes mais comuns. 

Elas possuem sua estrutura formada por: raízes, caules e folhas.


  • Rizoma: Caule com desenvolvimento horizontal (geralmente subterrâneo ou localizado bem próximo ao solo), mas podendo ter também porções aéreas. 
  • Folhas: Divididas em folíolos (subdivisões das plantas vasculares). 
  • Báculo:  Folhas bem desenvolvidas, que quando novas apresentam-se enroladas.  Em muitas espécies, tais estruturas, quando mais adultas, apresentam soros distribuídos no seu interior.
  • Soros: Presentes nas folhas adultas, possuem esporângios contendo células-mãe dos esporos. Por meio de divisão meióticas tais células dão origem aos esporos. 
Algumas pteridófitas: 
  • Samambaias 
  • Avencas 
  • Xaxins 
  • Cavalinha
Avencas

Xaxim
Reprodução das Pteridófitas 

As pteridófitas podem se reproduzir de forma assexuada por fragmentação, mas além disso, podem se reproduzir em um ciclo haplodiplobionte. 



Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).
A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito. 
Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.
Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido, cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo. 
O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.  
O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.

O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.


Curiosidades:



  • As plantas pteridófitas foram as primeiras que desenvolveram um sistema destinado ao transporte de seiva.
  • Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "Cavalinha", foram muito utilizadas como instrumento de limpeza.
  • No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia são conhecidos como alimento na forma de guisados.
  • Algumas espécies de samambaias podem crescer até 15 metros.
  • Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental.
Outras curiosidades:
http://meioambiente.culturamix.com/agricultura/utilidade-economica-das-pteridofitas






Referências: 

Gimnospermas

O grupo das gimnospermas é o terceiro grupo mais evoluído dos grupos vegetais. Elas possuem raízes, caule, folhas, sementes e “flores” , estas, são folhas modificadas conhecidas como estróbilos.
O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.
Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.
No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.
O zigoto se desenvolve, e dá origem ao embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo é transformado em semente.  As sementes não são envolvidas por frutos, porém, fazem o papel de proteção e nutrição do embrião. Protegem contra o calor, frio, desidratação e ação de alguns parasitas.
Dentre as espécies de plantas que fazem parte do grupo das Gimnospermas, podemos destacar a Araucária, popularmente conhecida como pinheiro-brasileiro ou pinheiro-do-paraná. Estas, vocês provavelmente já viram enquanto passeavam em algum parque ou praça. No Brasil, elas são encontradas em São Paulo, Minas Gerais e região Serrana do Rio de Janeiro. Possuem essa disposição geográfica porque as gimnospermas no geral, preferem locais frios ou de clima temperado.

Sabemos que o pinheiro dá origem a duas estruturas que todos já viram e conhecem: a pinha e o pinhão. Relacionando com o que acabamos de estudar. O que vocês acham que é o estróbilo da planta? E a semente?

Se alguém respondeu que a semente é o pinhão, respondeu certo! O pinhão, típico do inverno e das festas juninas, nada mais é que a semente do pinheiro. E aquela estrutura branquinha no meio da parte comestível, é o embrião!


Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado de pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.



Referências: 
Acessado em: 19/06/2015
Acessado em: 20/06/2015

Angiospermas

A palavra angiosperma vem do grego angeios, que significa 'bolsa', e sperma, 'semente'. Essas plantas representam o grupo mais variado em número de espécies entre os componentes do reino Plantae.
A presença de flores e frutos é fundamental para o desenvolvimento das angiospermas. As flores possuem cores vivas, néctar e cheiros que atraem pássaros e insetos que vão ajudar no processo de polinização. Já os frutos são importantes para proteger as sementes das plantas.


As partes da flor

Pedúnculo – liga a flor ao resto do ramo.
Receptáculo – dilatação na zona terminal do pedúnculo, onde se inserem as restantes peças florais.


Cálice – conjunto de sépalas, as peças florais mais parecidas com folhas, pois geralmente são verdes.
Corola – conjunto de pétalas, peças florais geralmente coloridas e perfumadas, com glândulas produtoras de néctar na sua base, para atrair animais. 



Androceu – parte masculina da flor, é o conjunto dos estames. Os estames são folhas modificadas, ou esporófilos, pois sustentam esporângios.
Gineceu – parte feminina da flor, é o conjunto de carpelos. Cada carpelo, ou esporófilo feminino, é constituído por uma zona alargada oca inferior designada ovário, local que contém óvulos. Após a fecundação, as paredes do ovário formam o fruto.







Os frutos contêm e protegem as sementes e auxiliam na dispersão na natureza. Muitas vezes eles são coloridos, suculentos e atraem animais diversos, que os utiliza como alimento. As sementes engolidas pelos animais costumam atravessar o tubo digestivo intactas e são eliminadas no ambiente com as fezes, em geral em locais distantes da planta-mãe, pelo vento, por exemplo. Isso favorece a espécie na conquista de novos territórios.
As angiospermas foram subdivididas em duas classes: as monocotiledôneas e as dicotiledôneas.


Monocotiledôneas

Possuem flores trímeras, ou seja, múltiplas de três;
Apresentam raízes finas e de tamanho pequeno, logo possuem vida curta;
Possuem crescimento primário;
Sementes com um cotilédone (primeiras folhas que surgem dos embriões).

Exemplos de plantas angiospermas monocotiledôneas: milho, centeio, trigo, gramíneas, palmeiras, magnólia, etc.

Dicotiledôneas


 Apresentam raízes profundas;
 Possuem folhas com presença de nervuras;
 Sementes com dois cotilédones;
 Crescimento secundário
 Possuem ciclo de vida maior dos que as monocotiledôneas;
 Algumas espécies apresentam caule lenhoso;
 Possuem flores múltiplas de quatro ou cinco.

Exemplos: ipê, jacarandá, rosas, feijão, vagem, leguminosas, etc.





Fontes:

http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos4/angiospermas2.php
http://www.todabiologia.com/botanica/angiospermas.htm
http://www.brasilescola.com/biologia/angiospermas.htm